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domingo, 24 de abril de 2011

Planta baja

Planta Baja (instrumental, porque sem letra é possível escolher o nome da música como quiser)

1- TKS

2 - Irix (Moura Brasil)

3 - Jaspion preto com tetas

4 - De nada

5 - Couro

6 - 2003

7 - Crack will fuck your family down

8 - Borderline

9 - Sud Mennucci/SP

10 - Birutagem sussinha

sábado, 23 de abril de 2011

Jazz redondo a´la Samba

Gente quadrada na música: isso não é pra mim. Não sou o típico "músico de estúdio" que só toca se tiver uma partitura na frente. Posso fazer, como estou fazendo, mas para mim é só mais um trabalho. E além de trabalhar quero me divertir, claro. 


O fato é que música também é um trabalho, e como tal exige conhecimento, técnica e disciplina. E comprometimento. Ora, se decidi ser músico e nada mais, é natural que tenha que estudar muito, aceitar trabalhos que nem sempre são os mais agradáveis e "baixar a bola", deixando a improvisação e toda a sede de praticar as novidades de lado.


Há uns três anos venho escutando jazz, e a cada dia me interesso mais e vejo que existe muito para aprender com os mestres que fizeram um mundo dentro da música em 40 anos. E não é "coisa de coxinha", que escuta jazz para cozinhar ou para dizer que é cool.  O jazz, fato, é elitizado, e isso me deixa um pouco desconfortável, porque sendo o jazz um estilo restrito, a "turminha" é sempre a mesma, e o risco da coisa toda ficar "zen" (zen graça) é muito grande. E eu, que me amarro em bater cabeça no chão ao som de Led Zeppelin, ou pegar uma nave para o infinito com as viagens de Pink Floyd, fico um pouco decepcionado com a gélida platéia das casas de jazz. 


Quase sempre formado por casais, gente desorientada que foi parar ali de turista ou entusiastas do gênero que parecem psicopatas, as cadeiras não tem descanso, e a emoção dos ouvintes só é sentida, bem pouco sentida nas palmas finais dos solos. 


Claro, digo isso com muito, mas muito pouca experiência em vida noturna de jazz. Mas já dá pra sacar que a grande maioria das casas abrem as portas para o som mais punk, mais pesado, mais melancólico e mais tudo (atrás do jazz, só o rock é tão abrangente), enquanto as pessoas que bebem seus vinhos mordendo umas torradas "zen" parecem estar assistindo a um filme de Kurosawa, de tão quietas e imóveis.


Para cada noite de jazz, tenho que ter uma de rock bagunça. Que sorte a do Charlie Watts, que sendo o baterista de rock da maior e mais antiga banda de rock viva, sempre tocou e gravou discos primorosos de jazz, principalmente nos anos 90. 


Gosto de Chet Baker, de Cole Porter e a galera do "romance". Mas me amarro muito em Ornette Coleman, Coltrane "A Love Supreme" e outras birutagens em altos níveis. 


Enfim, sou um bicho de sete cabeças, e a música está para libertar. Sempre.


Dica de sons:


JAZZ


             "Romance"  Chet Baker - Time after time


  
"Esquizofrenia divina aguda e grave" - Ornette Coleman - Love Call 




 Jam Session de Jazz - La Biblioteca Cafe - Buenos Aires, Argentina (18-04-2011)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Deus Supremo

Como tenho bom coração e nenhum respeito por direitos autorais, aqui vai o link (ou salvação divina) para todos os ouvidos: http://thepiratebay.org/torrent/3931851/John_Coltrane-Complete_Atlantic_Recordings_7CD_160_AAC

John Coltrane, em todas as suas fases. Imperdível, manezada.

Corre lá "torrentear"!

Set up



Esse é o set que está comigo na gloriosa Buenos Aires. Isso mesmo, paguei um puta excesso de bagagem, e ainda deixei as ferragens lá, quando descobri que para trazer tudo custaria quase o preço do avião.

E desde que estou aqui (há 46 dias) comprei dois pratos muito bons, e claro, baratos. Pratos esses que foram nascidos para o jazz. O Oriental Trash Crash até vai bem em rock e tais, mas o Sabian Jack DeJohnette, esqueça: é só para jazz. Prato fechado, seco e muito refinado. Também troquei a pele da caixa, finalmente.

E há quarenta e seis dias a bateria está guardada dentro das bags. Tom dentro do surdo, surdo dentro do bumbo, aquela tramóia para caber no diminuto espaço do meu quarto. Vez ou outra não resisto e "abro" a bateria para ficar a paquerá-la e limpar partes sem sujeira, só pra passar o tempo.

"Ensaiar é uma merda, estudar é essencial e tocar é mágico", pensei hoje cedo. E como quero tocar! Estou ensaiando com uns porteños, venezuelanos e outros comparsas latinos mais latinos que nós, brasileiros "americanizados" por natureza. Mas por enquanto, só investimento.

Como dizia, tenho uma bateria para jazz aqui comigo (a Pearl Export 1994 tá quietinha em Jundiaí) e estou com pratos para jazz. Há tempos estudo o tradicional grip, e quando vejo solos de bateristas, só os de jazz me interessam. Adoro rock e bossa nova. Mas, principalmente no rock, há tantas limitações, tudo tão óbvio que me cansei um pouco.

Então que venha os sons! E bons, de preferência. E claro, remunerados. Ou por acaso estou aqui para brincar de músico? Não estou, e nunca estive. Desde os 12 eu levo a música a sério, apesar de ficar tempos sem estudar, e de às vezes subir no palco "borracho".

As próximas postagens serão menos chatas, eu creio. "Madeira na pele", negada e brancada!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em 2004 começava um blog, que ainda existe (http://lixeirareciclavel.blogspot.com). Anos depois, 6 deles, escrevi outro, mas bem restrito e (felizmente) natimorto. 
Agora quero, preciso -e me parece natural- conversar com o teclado do meu computador sobre música. E com quem mais quiser, claro. Então, sem mais nem mais, vamos (vou) trabalhar nas letras e na música. 
Sou parceiro de música instrumental, adoro uma letra bem feita, curto até poesia e pratico o tipo de instrumento mais antigo de que se tem notícia: a percussão. Pratico a percussão em forma de bateria, que é muito nova. Muito mesmo. Os pratos podem existir há 5 séculos, mas o kit de bateria tal qual conhecemos hoje existe há um século, quase exatamente. O pedal de bumbo foi o grande baluarte da história dos bateristas. Mas como eu considero "baluarte" uma palavra bem sem sal e sem açúcar, deixo o resto pra daqui a pouco. 

Seja bem vindo.








                                                          John Lennon - Bateria é popular